segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Reflexão sobre a Catequese



“Tudo o que disseres, faze-o de tal forma que aquele te ouve, ouvindo, creia e, crendo espere e, esperando, ame”.
Santo Agostinho


Reflexão sobre a Catequese

Catequese é amadurecimento da fé, da esperança e da caridade numa caminhada permanente de crescimento da amizade com Deus e com os irmãos. È um processo que leva a vida toda. O papel da catequese é educar o cristão para que entenda com mais profundidade sua fé e assuma compromissos cada vez mais sinceros. É ajudar a cada um, para que saiba explicar os motivos de sua esperança, como nos diz o apóstolo Pedro: “antes santificai a Cristo, o Senhor, em vossos corações, estando sempre prontos para dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pede” (1 Pd 3,15).

A Catequese Renovada afirma que é necessária “uma educação permanente da fé, que acompanhe o homem por toda vida e se integre em seu crescimento global” (CR 26). Realmente, a catequese infantil que prepara para a eucaristia não é suficiente para o aprofundamento de toda a riqueza da vida cristã. Exige-se desde então formar seguidores de Cristo, que ouve o convite do Mestre (Mt 4,18-22).



Frente os ensinamentos de Jesus Cristo, agora a tarefa das comunidades cristãs foi a de preparar os futuros fiéis através de uma instrução completa e fundamental, tendo como objetivo, de algum modo, a ampliação de novos horizontes aprofundando ao mesmo tempo os conteúdos da Boa-Nova do Senhor ressuscitado. Estas instruções podem ser designadas de catequese, que evoca “ensinar à viva voz, onde, no entanto, o ensinamento não é outra coisa senão o eco de uma palavra que já foi pronunciada: a Palavra de Deus. Neste sentido, a catequese é em primeiro lugar o eco da Palavra de Deus através da voz do catequista. (BERARDINO, 2002, p. 237) No manual de catequética do CELAM, nos são apresentadas as fontes da catequese, onde o manancial por excelência é Palavra de Deus. “A fonte da qual a catequese haure sua mensagem é a palavra de Deus” (DGC 94). Contribuindo com a reflexão apresentada temos então o Diretório Geral de Catequese, classifica de fontes principais da catequese a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério.


O termo Catequese está ligado ao verbo grego katechêo, que significa ressoar, tendo inicialmente o sentido de ensinamento oral. A dimensão da oralidade é algo de suma importância para uma melhor compreensão da história viva de um povo. Encontramos no Novo Testamento em algumas passagens bíblicas, a palavra catequese, com o sentido atual de instruir o crente nos fundamentos da doutrina cristã (cf. Lc 1, 4; Gl 6, 6; 1Cor 14, 19).

A catequese significa transmissão da doutrina a homens e mulheres em processo de formação, levando em conta a sua fase de infantil e adulta, por isso, vale ressaltar que o termo mais apropriado para se falar de uma ação na catequese é: “formação religiosa”, que nos remete sempre a reconhecer na sua orientação o direcionamento moral da fé, que podemos chamar de doutrina catequística[1]. Em sua característica fundamental a catequese se articula em torno de determinado número de elementos da missão pastoral da Igreja que têm um aspecto catequético e que preparam a catequese ou dela derivam: primeiro anúncio do Evangelho ou pregação missionária para suscitar a fé; buscar razões para crer; experiência de vida cristã; celebração dos sacramentos; integração na comunidade eclesial; testemunho apostólico e missionário (CaIC, 6).

Qual é então a Mensagem da Catequese? Se tratando da educação da fé viva, tomemos parte da carta de Paulo aos Romanos que nos diz: “Irmãos, se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois quem crê de coração obtém a justiça, e quem confessa com a boca, a salvação” (10,9-10). A Mensagem transmitida é a mesma que os apóstolos e os primeiros Padres anunciaram pela Igreja: a fé que chega através da pregação e a pregação que torna viva a pessoa de Cristo, se realiza pelo anúncio de sua palavra. É em Cristo, homem redimido na Cruz, que Deus realiza o melhor plano de amor sobre existência cada um de nós e, por isso, que os Apóstolos pregam uma nova mensagem alegre que conduza à salvação a comunidade dos fiéis. Podemos verificar isto nos discursos púbicos de Pedro (At 2,22-36; 3,12-26; 4,8-12; 5,29-32; 10,34-43).

A catequese está estritamente ligada a Palavra de Deus, é desta fonte inesgotável de saber que se fundamenta toda a teologia da catequese, pois, é a partir dos testemunhos de fé que os primeiros cristãos, particularmente nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas paulinas, encontraram a base sobre a qual conseguiram fundamentar a vida da comunidade, também, nos aspectos litúrgicos e morais. Toda atividade na catequese deve brotar incessantemente da Bíblia, “sendo bom recordar que a Catequese será tanto mais rica e eficaz quanto mais ela ler os textos com a inteligência e o coração da Igreja, e quanto mais ela se inspira na reflexão e na vida duas vezes milenária da mesma Igreja” (CR 86)

Para melhor compreendermos a fundamentação teológica da catequese, é necessário destacar o ensinamento oral que fortaleceu ainda mais a grande evangelização apostólica. A primeira catequese sobre a qual temos informações precisas sobre a instrução na fé encontra-se na Didaché, que é uma manual de religião ou, melhor dizendo, uma espécie de catecismo dos primeiros cristãos. Este documento segundo estudiosos é fruto da reunião de várias fontes que retratam a tradição das comunidades do primeiro século. Sendo assim, a catequese anuncia a Palavra de Deus de um modo característico: dirige-se muito pessoalmente a seus ouvintes, não tendo a preocupação só com a transmissão, mas também se ocupa em valorizar a recepção.

[1] O termo doutrina catequética é muito utilizado pelo teólogo Josef Andréas Jungmann, que ao mencioná-lo vê como um modo mais prático de se transmitir a doutrina, levando em conta uma metodologia que considere os princípios de cada idade, ou seja, ela visa ajudar os catequistas a desenvolver aqueles conhecimentos, habilidades, técnicas e atitudes educacionais que são necessários para fazer uma catequese profunda e de qualidade.




Texto Produzido por: Padre RICARDO HENRIQUE OLIVEIRA SANTANA, Bacharel em Teologia na Universidade Católica do Salvador.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Banner.jpg

PARÓQUIA SÃO JOSÉ DE AMARALINA AS 18H
CONTATO: 3248-3484

Clero contará com 11 novos padres

Clero contará com 11 novos padres

A Arquidiocese de Salvador ganha 11 novos padres. A celebração presidida pelo Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo será no dia 22 de maio, às 9 horas, na Igreja Nossa Senhora da Imaculada Mãe de Deus, no Largo de Roma. Em um segundo momento, ainda em ação de graça pela ordenação, os novos padres celebram juntos na Catedral Basílica de Salvador, no Terreiro de Jesus, no dia 05 de junho, às 9 horas.

O clero da Arquidiocese de Salvador tem 151 padres, distribuídos nos 23 municípios do território arquidiocesano. Ainda atuam no trabalho pastoral da Arquidiocese cerca de 132 sacerdotes ligados a congregações religiosas. Os onze novos padres já estão atuando junto às comunidades e aos poucos descobrem a experiência da vida sacerdotal. “Hoje estou servindo a Igreja na Paróquia Nossa das Dores – Lobato, vejo que cresci mais depois do diaconato, conviver com uma comunidade paroquial trouxe para mim uma visão mais ampla e real do que é ser padre, desde já agradeço ao acolhimento e zelo desta Paróquia”, revela Ricardo Henrique Oliveira Santana.

Nos dias que antecedem a missa de ordenação a confiança em Deus e a tranqüilidade dão o tom na rotina nos seminaristas. “Estou tranqüilo e confiante e tenho certeza que o Espírito Santo iluminará o ministério que irei receber de Deus. Estou buscando muito, através de minhas orações e ações a fidelidade e o comprometimento ao o sacramento da ordem, que irei receber,” explica Joelson Alves de Andrade, um dos diáconos que será ordenado no dia 22 de maio.

É também com serenidade que o seminarista Ricardo Henrique aguarda o dia da ordenação. “Estou bem tranqüilo, buscando sempre manter o coração confiante na graça que Deus me concede. A ordenação é um momento especial na vida de quem se prepara para viver esta consagração”.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: (71) 4009-6688

Coordenador: Padre Manoel Filho (8880-8285)

Jornalista: Fernanda Santana – DRT 2054 (9998-5673)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010




Lema da Ordenação: "Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós".


Definitivamente, não há outro sentido nem finalidade mais importante no ministério sacerdotal: o que se espera do padre é que ele indique sempre os caminhos do céu" (Dom Fernando Guimarães)

É com o coração transbordando de gratidão ao Deus Vivo e Verdadeiro, que eu Ricardo Henrique, quero convidar a todos os amigos e amigos para a minha Ordenação Sacerdotal, juntamente com os meus irmãos Diáconos, que será realizada às 09h do dia 22 de maio, IGREJA DA MÃE DE DEUS - IRMÃ DULCE, LARGO DE ROMA!!!!!!

Coloco-me sob vossas orações!!!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Catecismo na Catequese


A caminhada e mudança do sentido da catequese acontece dentro de um tempo, por isso que no século III e IV a Igreja peregrina se vê mergulhada em situações altamente periculosas, ou seja, ameaça das heresias, e pensamentos fora da idéia da comunidade primitiva, que exigem dela uma nova postura no modo de anunciar a pessoa de Jesus e de formar os cristãos. “A catequese consegue sua maturidade no século IV. Alcança um desenvolvimento surpreendente nesta época. [...] defrontando-se com um problema novo, a Igreja sua catequese”. (ROCHA, 1989, p. 149). Nesta ocasião se percebe já o surgimento do catecumenato (preparação para o Batismo), que estrutura-se em etapas precisas e com conteúdos progressivos, tendo como meta a inserção nos mistérios da salvação. O importante para Igreja era admitir aos sacramentos de iniciação cristã as pessoas que abraçassem verdadeiramente a conversão, dando prova do seu testemunho de vida no tempo de formação na catequese.

O batizando após o rito litúrgico recebe a graça de participar do projeto salvífico de Deus (Jo 3,11-15), sendo assim admitido na comunidade. Iniciação cristã para Igreja é pensada como um processo de amadurecimento da fé do cristão, considerando também recebimento dos sacramentos da eucaristia e confirmação. Na Igreja todo batizado é chamado anunciar a Cristo, segundo os próprios dons e funções exercidas na sociedade. Portanto, ninguém pode ser acolhido sem a devida preparação.

A catequese tem em si por finalidade a confissão da fé. “Quando o catequizando é capaz de confessar a fé com toda a sua vida, isto é, com sua mentalidade, memória e inteligência, coração, palavra e ação, o processo catequético chegou a seu ápice” (PEDROSA et. al., 2004, p. 518). Daqui nasce o compromisso com a pessoa de Jesus Cristo, centro da catequese patrística, apontado como a verdadeira referência para a vida de todos os seres humanos; sentido fundamental para onde converge toda a intenção da ação humana na catequese, permitindo ao fiel fazer na caminhada a declaração de fé madura.

O período mais recente do catecumenato é na verdade os séculos IV e V, pois neste tempo a marca do modo de fazer catequese caracteriza-se pelas circunstâncias particulares das conversões em grande número. A catequese batismal é marcada por uma catequese de adultos, cada vez mais desenvolvida, tempo correspondente ao começo da Idade Média. Este evento relaciona-se com a conjuntura do Cristianismo, que deste então se achava em pleno alargamento a instrução dirigida aos adultos. A catequese de adultos encaixa-se, com a pregação missionária, conforme se designasse a Judeus ou pagãos. Era mister aos judeus anunciar o Cristo que é o Messias, porém, aos pagãos ensinava-se a doutrina de um Deus único e o abandono dos ídolos, fazendo-os conhecer a lei moral cristianizante.

A proposta do processo catecumenal constava de vários elementos, para melhor preparar o catecúmeno, realiza-se uma formação consistente na catequese inicial, cuja meta é apresentar um panorama geral da doutrina. Conforme Jungmann (1967, p. 20), em Santo Agostinho, encontramos esta metodologia em seu tratado “De catechizandis rudibus”. Para o Bispo de Hipona o catequista tem como missão apresentar a doutrina revelada de modo narrativo, ou seja, passando da história de Adão até o conhecimento do Cristo ressuscitado; para Santo Agostinho a alegria (hilaritas) deve contagiar a catequese.

Na Idade Média a Igreja experimentou muitas influências dos novos modos de pensar o cristianismo, exclusivamente em nível moral, espiritual e cultural, tocando fortemente a liturgia com auxílio da arte, onde a vida do povo encontra-se mergulhada profundamente dentro de uma atmosfera religiosa. Para preservar e conservar a fé, a sociedade evidentemente cristã sentiu a necessidade de ir aos lugares da fé (peregrinações a Terra Santa).

Agora o ocidente é completamente cristão e, frente a este florescimento religioso e cultural, o pensamento teológico ganhou novo ardor com o desenvolvimento da teologia escolástica por influência de Santo Tomás de Aquino, surgindo também às grandes universidades, onde fé e razão se ligam entre si. A Idade Média se caracteriza pelo seu objetivo Teocentrismo, propriamente dito; percebemos que a formação catequética fixa-se nas homilias dominicais e pregações, situação que de algum modo trará sérios problemas a formação catequética. Diante da necessidade de orientar grupos cada vez maiores, o ato de pregar multiplica-se por causa das festas, novenários, tempos do Advento e da Quaresma. Em geral este era o meio principal de educar as várias idades nesta realidade cristã.

No século XVI vê-se uma mudança repentina na história da catequese, no bojo da idade moderna marcada sobre os ideais de liberdade e igualdade na Europa. A Igreja se vê constrangida por causa das contestações que fora suscitada pelas idéias de Martinho Lutero (1483-1546), com a Reforma Protestante. Lutero então publica as suas 95 teses sobre as indulgências em 1517, fato que marca o início da revolução protestante.

Sintetizando, apresentamos os pontos essenciais do pensamento teológico do luteranismo: A escritura contém toda a verdade revelada por Deus, (sola Scriptura); baseado no trecho da carta aos Romanos 1,17: “Porque nele a justiça de Deus se revela da fé para a fé, conforme está escrito: O justo viverá da fé”, Lutero fundamenta então o axioma justifcatio sola fide. Rejeitando a existência de uma Igreja hierárquica, negando de modo claro o primado do papa, Lutero pregará a salvação pela graça (sola gratia). Estas três máximas de Martinho Lutero fortalecem a criação do seu próprio catecismo. “Os catecismos de Lutero, cuja intenção é construtiva e pastoral e não polêmica são ricos de piedade, de espiritualidade, de proximidade da Sagrada Escritura; e conheceram uma enorme difusão” (BOLLIN; GASPARINI, 1998, p.111).

Com êxito do pensamento Luterano, a Igreja reage com a Contra Reforma, realizando o Concílio de Trento (1545-1563), onde a sua obra doutrinária fora constituída essencialmente como uma resposta as afirmações protestantes. “O Concílio de Trento obrigou os bispos a providenciar para que, pelo menos nos domingos e dias de festas, houvesse catequese para as crianças em todas as paróquias” (JUNGMANN, 1967, p. 31). Nas escolas era preciso observar o ensino da religião, que envolvia apresentação da história da salvação, os dez mandamentos, os artigos da fé e a vida dos santos. A fiscalização sobre a condução do ensino religioso pelo professor ao aluno torna-se ponto de preocupação para a hierarquia.

O Concílio de Trento trouxe para Igreja um novo impulso à catequese, no momento em que se pede o zelo pelo ensino ao povo, porém, é preciso fazer mais, pois em algumas dioceses se acentuou de forma tão exagerada a atenção às crianças, que se esqueceram dos adultos, que praticamente tiveram que se adaptar com uma instrução básica. Em nível de consistência na catequese, parte da obra doutrinal da sessão VII do referido concílio baseou-se nos sete sacramentos, já que os protestantes haviam reconhecidos apenas o batismo e a eucaristia.

Segundo as orientações do Concílio de Trento é publicado em 1566 o Catecismo Romano, que si divide em quatros partes: O Credo, o Decálogo, os Sacramentos e as Orações, que de certo modo é reconhecido até os nossos dias como um material para uso do clero. “Nos séculos seguintes, serviu de inspiração a numerosos catecismos, que fizeram pequenas adaptações, mas não conseguiram manter solidez do Catecismo Romano e não o atualizaram” (DNC 124). Sobre o Catecismo Romano podemos afirmar que é escrito como a voz viva da Igreja, base doutrinária para as pregações e catequeses dominicais, destacando-se a cura de almas. Um catecismo expõe as principais verdades da fé, escrito, em forma de perguntas e respostas.

No rigor da palavra o Catecismo Romano não é um livro simbólico, nem uma profissão de fé que se imponha ao assentimento de todos os fiéis. [...] Sob o ponto de vista meramente científico o Catecismo Romano corresponde às pesquisas teológicas do século XVI. Na doutrina dos sacramentos, por exemplo, ocorrem algumas documentações que hoje sabemos não serem autênticas. São deficiências que não abalam a autoridade do catecismo, porque o conjunto de sua doutrina se esteia no magistério infalível da Igreja. Daí não resultam erros doutrinários, mas apenas falhas de argumentação”. MARTINS, 1951, p. 48)

Buscando responder às necessidades da época o catecismo fora aos poucos sendo implantado em alguns países católicos, salvo aqueles que tiveram dificuldades em receber a cópia do material devido aceitação particular de cada diocese pelo seu bispo. As decisões tomadas no Concílio de Trento são claras, chegando a firmar que o Catecismo Romano nos oferece uma segura definição dos dogmas, sendo contrárias as doutrinas Luteranas.

Devido à grande necessidade de se intensificar a formação dos cristãos, começaram a surgir manuais para melhor instruí-los, onde o Catecismo era composto por perguntas e respostas, compiladas, em versões reduzidas intitulados como “pequenos catecismos”, em substituição à edição completa. A publicação mais importante produzida no século XX para a Igreja é o Catecismo da Igreja Católica, considerado o livro oficial de ensino religioso completo, contento informações claras sobre os conteúdos da fé.

Como não havemos de agradecer de todo coração ao Senhor, neste dia em que podemos oferecer a toda Igreja, com o título de “Catecismo da Igreja Católica”, este “texto de referência” para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé. [...] este Catecismo trará um contributo muito importante àquela obra de renovação da vida eclesial inteira, querida e iniciada pelo Vaticano II. (FD 1).

Conforme vimos acima, o surgimento do Catecismo da Igreja Católica marca a vida da Igreja em termo de produção escrita, mas não podemos esquecer que ele é um texto de fé, ou seja, doutrina da fé. Podemos agora deter o nosso olhar em torno dos grandes avanços que ocorreram no interior da Igreja, para melhor compreendermos o sentido da catequética. O século XX pode ser definido como o tempo em que a catequese ganhou bastante alterações, isso por causa de um grande evento na história da igreja, Concílio Vaticano II (1962-1965). Assiste-se agora a uma renovação, sobretudo pastoral, na maneira de compreender o conceito teológico trazido pelo catecismo.


Obs: Esse texto faz parte do trabalho monográfico: CATEQUESE NA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR: Uma análise através de um estudo de caso.

Monografia apresentada à Disciplina Monografia II ministrada pela Professora Maria Helena Rios e orientado pelo Professor Doutor Cândido da Costa e Silva como pré-requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Teologia da Universidade Católica do Salvador.

DIÁCONO RICARDO HENRIQUE OLIVEIRA SANTANA

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cultura laica menospreza beleza interior


Bispo do Funchal deixa alertas na celebração da Imaculada Conceição

O Bispo do Funchal, D. António Carrilho, lamentou que a cultura “laica” menospreze a beleza interior, instrumentalizando as mulheres.

“A cultura laica ocidental, aliciada pelo culto da imagem, explora e sobrevaloriza a beleza física da mulher, em detrimento da beleza interior e dos seus verdadeiros valores”, disse, na celebração da Imaculada Conceição que decorreu na Sé do Funchal.

Segundo o Bispo, “Maria Imaculada é expressão da excelsa beleza de Deus, a única Beleza que liberta, transfigura e salva”.

“O homem moderno, secularizado, envolvido em preocupações científicas, tem dificuldade, muitas vezes, em aceitar as intervenções sobrenaturais de Deus, porque escapam aos seus limitados saberes. Maria, porém, iluminada pelo Espírito Santo, abre-se totalmente a Deus e entrega-se, por inteiro, à realização do Seu desígnio de Salvação”, precisou.

D. António Carrilho lembrou “a grandeza e a dignidade de cada homem e de cada mulher, criados à imagem e semelhança de Deus”.

“O corpo humano não é apenas um suporte biológico da existência nem pode ser idolatrado, maltratado ou menosprezado, como acontece, tantas vezes, na sociedade contemporânea hedonista”, alertou.

Infelizmente, disse ainda, “não faltam vítimas desta exaltação desmesurada, bem como da violência, menosprezo e aviltamento de tanta gente indefesa, que, por força de certas circunstâncias, se vê enredada em situações indesejáveis”.

A terminar, o Bispo do Funchal falou do Advento, “o tempo favorável para escutar e percorrer o caminho da Palavra, uma Palavra sempre nova e bela, que cria intimidade com Deus e com os outros”.

Este responsável exprimiu a sua satisfação pela forma como está a decorrer visita da Imagem Peregrina: “Como Bispo desta Diocese, sinto grande alegria pela ressonância, que me tem chegado, da visita da Imagem Peregrina da Virgem de Fátima, às nossas comunidades paroquiais”.

EXTRAÍDO DI SITE: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=76577